BLOG ID CRISTÃ

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sábado, 30 de outubro de 2010

INSPIRAÇAO JUVENIL DA SEMANA

Sábado, 30 de outubro


Dois lugares vazios


Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde Ele jazia. Mateus 28:6, NVI

Satanás estava exultante. Seu plano parecia ter dado certo. O Doador da vida estava morto. Seus anjos cuidariam para que assim ficasse. Ainda tinha a prova do terceiro dia. Mas, se Aquele em quem estava a vida, estava morto, como poderia dar vida a Si mesmo?

Ele realmente não conhecia seu Criador. Tivera a oportunidade de conviver com Ele, mas não se deixou envolver por Seu amor.

Tudo era silêncio no jardim do sepulcro. O sábado passara tranquilo. Os amigos de Jesus ainda estavam inconsolados e esquecidos das promessas dEle. Mas Ele descansava. Um merecido descanso. Findaram Suas labutas aqui na Terra. Seus ensinamentos ficariam para sempre gravados para que Seus filhos de todos os tempos pudessem ter contato com a cura, o perdão, o alívio que traz a paz, a salvação.

A manhã de domingo chegou. As trevas começaram a se dissipar. Em volta do túmulo estavam os soldados romanos, mas também todo o exército do príncipe deste mundo. Ele estava tenso, pois era o terceiro dia. Os soldados romanos cochilavam, mas não os soldados de Satanás.

Quando os primeiros sinais do dia apareceram, com eles também uma luz intensa desceu do Céu. Era o comandante do exército celestial. Viera para uma missão especial. Ninguém que ali estava resistiu à sua luz (Mateus 28:2-4). Satanás e seus anjos fugiram. Indignado, viu que fora derrotado.

O anjo despertou Cristo de Seu sono. Ele saiu do túmulo e logo depois acompanhou o anjo até Seu lar. Uma festa O esperava. Festejaram a vitória do seu Rei.

Uma grande festa está sendo preparada novamente no Céu. É para receber aqueles que venceram e vencerão o pecado pelo sangue de Jesus.

O lugar no túmulo ficou vazio porque Jesus voltou a preencher o lugar dEle no lar. Nosso lugar, lá no Céu, também está vazio. Ele nos espera para preenchê-lo.



Domingo, 31 de outubro


Ele está disposto a me ouvir


Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Mateus 7:7, 8.

O rei sentou-se de sobressalto em sua cama. Estava suando muito e perdera o sono. Depois de um sonho estranho que tivera, ele não deixou mais ninguém dormir. Mandou chamar quem pudesse dizer-lhe o que aquilo significava. Sabia que havia algo de muito importante naquele sonho; eles precisavam lhe dizer tudo – o sonho e a interpretação.

– Isso é impossível – disseram os magos.

O rei ficou furioso e mandou que todos fossem mortos.

Um rapaz, mal saído da adolescência, pediu uma oportunidade. Ele e seus amigos oraram a Deus. Sabiam que Deus poderia livrá-los da morte, pois eles estavam entre os que o rei mandara matar.

A Bíblia diz que, se pedirmos, buscarmos, insistirmos, nós receberemos. Foi o que Daniel e seus amigos fizeram. Deus revelou a Daniel o sonho e a interpretação e ele foi à presença do rei Nabucodonosor.

O rei sonhara com uma enorme estátua cuja cabeça era de ouro, o peito e braços de prata, o ventre e as coxas de bronze, as pernas de ferro e os pés de ferro e barro. Nabucodonosor havia visto uma enorme pedra que desceu do céu e feriu a estátua nos pés de ferro e barro e a esmiuçou. Daniel contou também o significado de tudo isso.

Esse episódio mostra que Deus não olha para a nossa idade. Ele deseja usar-nos se O permitirmos. Daniel e seus amigos, bem jovens ainda, se colocaram nas mãos de Deus e Ele os usou.

Se colocarmos nossos talentos à disposição do Mestre, poderemos fazer muito na obra dEle. Mas, se nos sentirmos incapazes, dobremos os joelhos em preces insistentes. Ele nos ouvirá e concederá a oportunidade de testemunharmos para Ele.

MEDITAÇAO DIARIA DA MULHER DA SEMANA

30 de outubro

Drama Hospitalar


Porque te restaurarei a saúde e curarei as tuas chagas, diz o Senhor. Jeremias 30:17.

Eu me sentia como um dos médicos ou enfermeiros. Os longos corredores do hospital se haviam tornado muito familiares: macas, cadeiras de rodas, gemidos e queixumes por toda parte. As manchas de sangue não mais eram repulsivas. Outra aluna doente foi levada às pressas ao hospital. Os paramédicos atenderam prontamente e me apressei para acompanhar a maca que estava sendo empurrada, levando a paciente pelos longos corredores. As mãos ágeis das enfermeiras se moviam com urgência, e a paciente, dentro de pouco tempo, recebia na veia o líquido vital.

Quando trabalhei como preceptora no dormitório feminino, algumas alunas sob meus cuidados se mostravam decididas a lutar em condições de inferioridade e superar as barreiras na área educacional, que eram mais difíceis por causa de suas deficiências. As enfermidades delas eram muitas e variadas, e às vezes se fazia necessário sair, altas horas da noite, para buscar socorro nos hospitais. Com frequência, eram longas as horas de espera, segurando as mãos para confortar e animar as enfermas.

As pessoas vão aos hospitais por diferentes razões: algumas por causa de doenças, outras para visitar os enfermos e sofredores, e ainda outras para orar pelos enfermos e confortá-los. Nem todos gostam de visitar hospital ou cuidar dos enfermos. Mas alguém precisa cuidar.
Os pais não eram deixados de fora quando se tratava do bem-estar dos estudantes, mas a responsabilidade imediata era nossa. Nós os atendíamos, com as mãos orientadoras de Deus, esquecendo-nos, às vezes, de nossos desejos e necessidades. Jesus serviu comunidades e indivíduos, frequentemente em meio a verdadeiros dramas, como no caso do paralítico que foi baixado pelo teto (Lucas 5:17-26). Ao servirmos aos outros, podemos fazê-lo com o coração alegre, porque nossas necessidades são supridas enquanto estendemos a mão do amor e da solicitude.

Os dramas hospitalares são reais; o bem-estar e a vida de outros estão em jogo. O drama se encerrou quando a aluna enferma foi atendida e quando Jesus tocou o homem que Lhe foi levado sobre o leito. Nosso Pai celeste tem um plano para cada uma de nós. Por que não confiar a Ele, hoje, nossas esperanças, nossos sonhos, desejos e bem-estar?

Elizabeth Ida Cain



31 de outubro

Fiquem Alertas


Vigiem e fiquem alertas, pois vocês não sabem quando chegará a hora. Marcos 13:33, NTLH.

A temperatura do dia subira além dos 32 °C – dia perfeito para um sorvete. Mas, por causa do meu desejo de melhorar a saúde através de regime alimentar e exercícios, fazer estoque de sorvete na geladeira não era uma opção. Decidi ir à sorveteria e pedir um. Tudo correu bem até a hora de voltar para casa. Entrei no carro, acionei a ignição e, para minha surpresa e horror, a bateria estava descarregada. Isso não pode estar acontecendo, pensei. Meu carro é praticamente novo e a bateria devia ter uma vida mais longa. Tentei outra vez, e aconteceu a mesma coisa. Eu estava com um problema!

De repente, houve uma mudança de prioridade. O sorvete não era mais o que me preocupava. Dentro de minutos, fazer com que o carro funcionasse passou a ser a prioridade. Convoquei a ajuda de um rapaz de uma picape nova para que me desse um empurrão, e ele prontamente socorreu uma dama aflita. “Tive vontade de tomar sorvete, mas não queria fazer estoque em minha geladeira, de modo que dei uma passadinha aqui para saborear um”, expliquei a ele. Nós dois rimos diante dos meus apuros.

Ao contar ao rapaz sobre o incidente, ele me informou que a bateria já havia dado avisos sutis de que estava com problemas, porém eu não havia prestado atenção, e assim perdi os sinais de advertência.

Puxa! Pensei no texto de hoje e refleti acerca da minha vida espiritual. Há ocasiões em minha vida em que me encontro desconectada da Fonte, sem sequer ter consciência dela? Ando tão ocupada que, inconscientemente, deixo de sintonizar os avisos do Espírito Santo para colocar a vida em dia? Estou ignorando os sinais da vinda de Cristo? Estou tão ocupada em viver, a ponto de não dar prioridade ao testemunho acerca da segunda vinda? Serei achada desprevenida porque, uma vez mais, deixei de atentar para os sinais de advertência?

Pai, sei que há ocasiões em que me preocupo tanto com a vida que o preparo para a Tua volta não recebe a prioridade. Pelas aparências exteriores, tudo está bem, mas minha vida espiritual precisa ser recarregada. Ajuda-me a sintonizar tão bem a Tua Palavra que eu permaneça ligada à principal Fonte de energia. Por favor, perdoa-me! De hoje em diante, ajuda-me a ficar alerta, para não ser surpreendida.

Andréa A. Bussue



MEDITAÇOES DIARIAS DA SEMANA

30 de outubro Sábado


Jesus tinha de ser crucificado?


Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a Seus discípulos que Lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. Mateus 16:21

Martin Luther King, na noite que antecedeu seu assassinato em Mênfis, EUA, disse o seguinte: “Não sei o que vai acontecer agora. Teremos dias difíceis pela frente. Mas isso não me importa, pois já estive no topo do monte. Como qualquer pessoa, gostaria de ter vida longa. A longevidade tem o seu lugar. Mas não estou preocupado com isso agora. Quero apenas fazer a vontade de Deus. E Ele me permitiu subir ao monte. E de lá eu olhei, e vi a Terra Prometida. Pode ser que eu não chegue lá junto com vocês. Mas quero que saibam, nesta noite, que, como povo, estaremos na Terra Prometida. E hoje de noite estou feliz. Nada me preocupa. Não tenho medo do que me possa fazer o homem. Meus olhos viram a glória da vinda do Senhor.”

Algumas pessoas estão convencidas de que Martin Luther sabia que ia ser morto. Em virtude da agitação que ele criara e a revolta geral que estava ocorrendo, não seria preciso muita imaginação para prever que ele seria baleado.

A mesma questão tem sido debatida com respeito à morte de Cristo. Alguns pensam que Ele morreu como vítima dos eventos e pressões que se avolumaram contra Ele. Ou seja: vítima das circunstâncias. Mas quando João Batista disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29), ficou claro que Sua morte era certa desde o início. Numa cultura que sacrificava cordeiros duas vezes ao dia no Templo, essas palavras eram indicativas de morte. Em outras palavras, João Batista estava dizendo: “Ei, olhem para este Homem. Ele vai ser sacrificado!”

Jesus é o Cordeiro morto desde a fundação do mundo. E Sua morte deveria ser sangrenta, pois “sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hb 9:22). Mas seria necessária uma morte cruel como a crucifixão? Um acidente sangrento não teria sido suficiente para operar nossa salvação?

O Prof. Raoul Dederen opina a esse respeito: “Um acidente sangrento, como o ter sido atropelado por uma carruagem romana, não teria executado o plano. Ele deveria morrer inocentemente nas mãos dos homens. E não simplesmente por uma pessoa, por um líder fanático. Deveria ser morto por um grupo de pessoas representando os vários níveis da sociedade, que juntos decidiram ver-se livres de Deus.”

Jesus veio ao mundo para morrer – por mim e por você.



31 de outubro Domingo


Propaganda boca a boca


O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração. Lucas 6:45

A mais antiga forma de propaganda que existe, e que continua sendo a mais eficaz, é a propaganda boca a boca, que é feita de graça, por clientes satisfeitos com o produto que adquiriram.

Os mais idosos provavelmente se lembram de um carro americano que circulou no Brasil cinquenta anos atrás, marca Packard. A fábrica do Packard foi a última indústria automobilística da época a fazer publicidade paga, e isto só foi possível depois que o velho Sr. Packard morreu. Sempre que era abordado para fazer publicidade para os seus carros, ele respondia: “Não precisa. Pergunte a quem tem um.” Após sua morte, a fábrica do Packard adotou esse slogan: “Pergunte a quem tem um.”

O evangelismo boca a boca é antigo, mas continua moderno e eficaz. O evangelho de Jesus Cristo se tornou conhecido e revolucionou o mundo antigo, através do testemunho boca a boca. Somente os pastores, por ocasião do nascimento de Jesus, ouviram as boas-novas através dos anjos. Somente os magos foram guiados por uma estrela. Apenas Paulo foi alcançado por uma luz do céu. Quase todos ficaram conhecendo Jesus através do testemunho pessoal.

Antes que o Novo Testamento tivesse sido escrito, a história de Jesus foi transmitida oralmente. Os apóstolos haviam sido testemunhas dos grandes feitos operados por Jesus, e onde quer que fossem, pregavam sobre Ele.

Quando descobre algo que lhe traz satisfação, você sente um desejo irresistível de contar a outros. Um restaurante onde a comida é boa, uma loja de qualidade, um bom hotel, um lugar onde passear. O mesmo acontece quando nosso coração se regozija com o amor, a alegria e a paz de Cristo. Queremos contar isso ao mundo, pois “a boca fala do que está cheio o coração”.

Podemos usar cartazes, anúncios no rádio, jornais e televisão, mas as pesquisas mostram que a maioria dos novos membros da igreja foram atraídos por alguém. O desafio que temos é tornar a igreja um lugar tão agradável e amoroso, que todos possam dizer aos amigos e parentes: “A minha igreja é maravilhosa! Os irmãos são amorosos e corteses. Os cultos são espirituais. A música traz enlevo e inspiração. Acho que você também vai gostar. “

Quando os membros da igreja estão dispostos a falar aos outros da bendita esperança que lhes enche o coração, o testemunho deles se torna irresistível.


LIÇAO DOS JOVENS DA ESCOLA SABATINA DA SEMANA


Lição 6
30 de outubro a 6 de novembro


Urias


Lição dos jovens 642010



“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças” (Dt 6:5).

Prévia da semana: Vítima do pior pecado da vida de Davi, Urias era um homem íntegro e completamente fiel a Deus, apesar de pertencer a outra nação. Sua firmeza moral contrasta com a falta de domínio próprio do rei de Israel que o enganou e assassinou.

Leitura adicional: Patriarcas e Profetas, capítulo 71 (p. 717-726).



Domingo, 31 de outubro
Introdução

É mais fácil ceder?


Ela não vinha à igreja desde que se tornou óbvio que estava grávida. Ela conhecia todas as regras e regulamentos. Havia crescido com eles e só podia imaginar o que diria o “esquadrão dos justos”: “O Manual da Igreja é claro em questões de moralidade. Há padrões que precisam ser preservados. Precisamos deixar claro que este tipo de comportamento é inaceitável. Precisamos usá-la como exemplo”.

Ela não conseguiria encarar os olhares acusadores, os sussurros de acusação ou as insinuações. Ela não precisava que eles lhe dissessem o que era certo e o que era errado. Será que eles não entendiam que ela sabia muito bem? Ela olhou para baixo e abraçou seu bebê recém-nascido. A culpa não era dele. Ela ouviu um barulho e, ao levantar os olhos, viu os anciãos da igreja vindo em sua direção. Ela sentiu um grande desânimo. Será que eles não podiam deixá-la em paz? Antes que ela pudesse abrir a boca, foi coberta de flores, presentes e parabéns.

Constantemente enfrentamos situações para as quais não há respostas fáceis: uma escolha entre várias alternativas, nenhuma das quais é positiva. E, com muitas frequência, nós mesmos criamos a situação. O rei Davi se meteu exatamente numa situação dessas. Israel estava em guerra. O exército havia destruído os amonitas e sitiavam Rabá.

Davi, contudo, não estava com o exército, mas em casa, de onde viu uma bela mulher se banhando no teto de sua casa. Ele a desejou. Mas descobriu que era esposa de um de seus melhores soldados, Urias, o heteu. Num instante, contudo, Davi jogou tudo fora. Sua noite de prazer ilícita resultou numa gravidez indesejada.

Davi enfrentou um dilema. A lei exigia que ele e a mulher fossem mortos (Lv 20:10). Então, o rei resolve criar o Plano A: manda buscar Urias e pede um relatório sobre a guerra. Então instrui Urias a ir para casa. Em vez disso, Urias dorme no portão de Davi.

Plano B. Davi embriaga Urias e o manda para casa. Urias dorme no portão de Davi, porque não suportava a ideia de ter conforto enquanto os exércitos de Israel (que não era de sua nação de origem!) estavam dormindo ao relento.

Plano C. Davi escreve a sentença de morte de Urias e a envia de volta para a batalha, onde era seu lugar. Urias é morto.

Em contraste com Davi, Urias se destaca como um homem de honra e caráter, um homem com um claro senso do certo e do errado, que estava preparado para fazer o que era certo a despeito das inconveniências ou estímulos pessoais. Assim, a lição desta semana trata sobre as consequências do pecado e o que significa viver a fé.

Mãos à Bíblia

1. Como alguém que foi tão honrado por Deus poderia se aprofundar tanto no pecado? Que advertência esse episódio deve nos apresentar? 2Sm 11


Lars Eric Andersson | Lindesberg, Suécia



Segunda, 1o de novembro
Evidência

De todas as nações


Cornélio era um soldado do exército romano. Não era judeu. Contudo, enquanto estava visitando sua casa, Pedro fez uma declaração profunda sobre a atitude de Deus para com as pessoas: “Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade, mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo.” (At 10:34 e 35).

Urias, o heteu, foi outro desses homens que Deus aceitou. Isso nos ensina que a influência e obra do Espírito Santo sobre o coração e a mente humana não estão confinadas a só um grupo de pessoas. Deus está interessado em pessoas de todas as nações e ocupações, e busca salvá-las. Isso se aplica até aos soldados.

Os hititas ou heteus eram uma poderosa nação localizada no que hoje é a Ásia Menor. Israel tinha muitos laços com eles – alguns bons, outros destrutivos. Abraão comprou o campo de Macpela para enterrar sua esposa de Efrom, o heteu (Gn 23:10-20). Este é um ponto interessante, pois Deus havia prometido a Abraão que seria dada à sua descendência a terra dos heteus. Esaú casou a Isaque muita dor quando se casou com duas mulheres heteias (Gn 26:34, 35).

Deus instruiu Israel para destruir os heteus e outras nações pagãs (Dt 20:17). Ele prometeu expulsá-los com vespões. Infelizmente, Israel não seguiu Suas instruções. Na verdade, fizeram exatamente o oposto. Misturaram-se com os heteus e adoraram seus falsos deuses (Jz 3:5, 6). Até Salomão se casou com mulheres heteias (1Rs 11:1).

A integridade de Urias e o lapso moral de Davi têm lições significativas para nós. A fidelidade de Urias e sua integridade moral nos lembram que não é para o conhecimento, a capacidade ou a posição que Deus olha com favor. Muitas vezes um cristão pode ter um dos três ou todos eles, mas não mostra um comportamento cristão. Muitas vezes é o não cristão que manifesta justiça, e não o crente. Os passos para a ruína são poucos e rápidos. Nossa única segurança está em nossa união com Jesus. Sem Ele, somos um fracasso (Jo 15:5).

Mãos à Bíblia

2. Toda a história de Davi e Urias é relatada no contexto de uma guerra contra os amonitas. Que crítica sutil o autor faz a Davi? 2Sm 11:1

3. Compare as formas de liderança que Davi aplicou na história de 1 Samuel 26:5-11 e em 2 Samuel 11. Que diferença você vê?

Nas histórias que descrevem como Davi poupou a vida de Saul, ele liderava pelo exemplo e recrutava voluntários. Depois, em vez de estar fora com suas tropas e liderá-las, afastou-se da batalha e seguiu os próprios desejos, esquecendo-se do que sabia ser certo e errado. Mal imaginava os efeitos de longo alcance que se seguiriam a essa decisão pessoal.


Elizabeth Lawrence | Watford, Inglaterra



Terça, 2 de novembro
Exposição

Triunfo e tragédia


O elo mais fraco (Ef 6:10, 11). Ao aconselhar o cristão sobre como o diabo trabalha para derrubar as pessoas, Paulo nota que há um “método” em suas maquinações (Ef 6:10, 11). A história de Davi, Bate-Seba e Urias, o heteu, ilustram essa verdade.

Satanás nos ataca em nosso ponto mais fraco, porque não faz nenhum sentido tentar as pessoas num ponto onde não é provável que elas reajam. A história de Davi e Urias revelam detalhes de um momento de loucura.

O poder da lascívia (2 Samuel 111Rs 15:5). A fidelidade de Davi à vontade de Deus e a única falha de seu caráter são destacadas em 1Rs 15:5. A exceção é uma história cheia de drama, paixão, lascívia, desastre e crueldade. Em vez de estar à frente do exército em batalha, Davi ficou em casa em Jerusalém. Uma noite, de seu palácio, ele viu uma bela mulher tomando banho. A beleza dela despertou seu desejo. Ao descobrir quem ela era, fez com que fosse trazida ao palácio, onde cometeu adultério.

O marido de Bate-Seba era bem conhecido de Davi. Era um dos valentes que o acompanharam nos momentos mais difíceis de sua vida (1 Cr 11:41). Davi estava ciente de que Urias estava fora, liderando o exército em combate. Tudo isso tornou o comportamento de Davi ainda mais desprezível.

A ilusão do pecado (Gl 6:7). Ao saber que Bate-Seba estava grávida, Davi tentou encobrir seu pecado. Chamou Urias de volta a Jerusalém, com a intenção de que Urias tivesse relações sexuais com a esposa, de forma que, quando o bebê nascesse, Urias fosse reconhecido como o pai. O comportamento de Davi é esclarecedor. Parece que ele atribuiu a Urias os mesmos desejos lascivos que o dirigiam. É comum que achemos que os a outros têm os mesmos desejos egoístas que temos. Contudo, Davi julgou Urias erradamente. Sua duplicidade é desmascarada pela lealdade e integridade de Urias.

Quando Urias se recusou a visitar a esposa, Davi tentou outro truque. Embebedou Urias. Isso não funcionou também, pois Urias ainda não se encontrou com Bate-Seba. Davi, então, decidiu que Urias precisava morrer. Escreveu uma carta para Joabe, o general do exército de Israel, instruindo-o a colocar Urias na frente de batalha quando ele muito provavelmente seria morto. E foi exatamente isso o que aconteceu. Essa é a estupidez dos seres humanos em sua pecaminosidade. Esquecem-se de que nada está escondido de Deus.

A integridade de Urias e o comportamento insensível de Davi exigiam justiça e retribuição. E ela veio quando o profeta Natã confrontou Davi com a natureza do crime. Davi pronunciou a sentença de morte sobre si mesmo, mas foi poupado pela misericórdia de Deus (2 Sm 12:1-10). O que se destaca na história é o caráter de Urias. Ele verdadeiramente era um homem segundo o coração de Deus.

O pecado paga um salário (Rm 6:23). O adultério de Davi com Bate-Seba lhe trouxe grande sofrimento e dor. Ele perdeu quatro filhos, foi-lhe negado o privilégio de construir o templo, e ele deixou uma terrível herança para Salomão e a nação de Israel. A prevenção é preferível à tristeza e culpa, pois a tristeza e a culpa não podem fazer o relógio voltar e cancelar as consequências do pecado – “desejo misericórdia, e não sacrifícios; conhecimento de Deus em vez de holocaustos” (Os 6:6). Felizmente, porém, há perdão em Deus. Nisto há esperança. A estupidez de Davi é uma advertência; a integridade de Urias, uma inspiração.

A virtude é sua própria recompensa (Rm 15:4). A história de Urias tem uma lição oportuna e duradoura para homens e mulheres em todas as épocas. Há lealdade e domínio próprio em Urias, enquanto que a lascívia descontrolada de Davi e o silêncio de Bate-Seba são dois dos atos mais vergonhosos da Bíblia.

Em nosso mundo contemporâneo de moral frouxa, a integridade de Urias, o heteu, nos encoraja a ser moralmente puros. Assim como fez José, Urias demonstrou que podemos escolher não dar lugar às paixões da carne, por mais difícil que seja resistir. É algo a que você pode dizer “não”.

Quando estudamos a vida de Davi, vemos um grande homem que alcançou coisas maravilhosas com a bênção de Deus. Ele é incomparável em muitos aspectos, e é chamado homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Urias, por sua vez, ainda receberá sua recompensa. Não temos dúvidas de que ele, um estrangeiro em Israel, estará entre os heróis de Deus quando Cristo vier reclamar os Seus.

A breve biografia que a Bíblia dá de Urias nos encoraja a viver uma vida que fala em favor de Deus – uma vida não dirigida pelas paixões, pelo desejo de poder, riqueza ou privilégios, mas uma vida possuída pelo desejo de servir a Jesus, nosso Senhor e Salvador, e ser fiel a Ele. A pergunta é feita pelo poeta: “Quem é o guerreiro feliz?/Quem o guerreiro ideal?/Ao qual todo soldado devia desejar ser igual?”* Uma pista para a resposta se encontra nesta observação: “Não pode haver limite à utilidade de uma pessoa que, pondo de parte o eu, oferece margem à operação do Espírito Santo em seu coração, e vive uma vida inteiramente consagrada a Deus” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 159).

Selected Poetry of William Wordsworth (New York: The Modern Library, 2002), p. 510.

Mãos à Bíblia

Urias é chamado de “o heteu”. No mundo do Antigo Testamento, cultura, nacionalidade, etnia e religião eram muito interconectadas. O Antigo Testamento está cheio de exemplos de estrangeiros que aceitaram o Deus de Israel, e a Bíblia considera positivamente sua assimilação. No caso de Urias, a assimilação ocorreu tanto pelo casamento como pela religião.

4. Que exemplos temos de estrangeiros que foram assimilados em Israel? Js 6:25Rt 1:1-16Et 8:17Is 56:3-7


Patrick Boyle |Watford, Inglaterra



Quarta, 3 de novembro
Testemunho

Grande mudança


“Até ali a providência de Deus tinha preservado a Davi contra todas as conspirações de seus inimigos, e fora diretamente exercida para restringir a Saul. A transgressão de Davi mudou, porém, sua relação para com Deus. O Senhor de nenhuma maneira podia sancionar a iniquidade. Ele não podia exercer Seu poder para proteger a Davi dos resultados de seu pecado, como o protegera da inimizade de Saul.

“Houve uma grande mudança no próprio Davi. Ele ficou quebrantado em espírito pela consciência de seu pecado, e de seus resultados, que teriam grande alcance. Sentiu-se humilhado aos olhos de seus súditos. Sua influência se enfraqueceu. Até ali sua prosperidade fora atribuída à sua conscienciosa obediência aos mandamentos do Senhor. Mas agora seus súditos, tendo conhecimento de seu pecado, seriam levados a pecar mais livremente. Sua autoridade em sua própria casa, o direito ao respeito e à obediência de seus filhos, enfraqueceram. Uma intuição de sua culpa conservava-o silencioso quando ele teria condenado o pecado; tornava fraco o seu braço para executar justiça em sua casa. Seu mau exemplo exerceu influência sobre seus filhos, e Deus não interviria para impedir o resultado. Ele permitiria que as coisas tomassem seu curso natural, e assim Davi foi severamente castigado. ...

“Aqueles que, apontando para o exemplo de Davi, procuram diminuir a culpa de seus próprios pecados, deveriam aprender do registro bíblico que duro é o caminho da transgressão. Embora, semelhantes a Davi, se desviem de sua má conduta, achar-se-á que os resultados do pecado, mesmo nesta vida, são amargos e duros para se suportarem.

“Era intuito de Deus que a história da queda de Davi servisse como advertência de que mesmo os que Ele abençoou e favoreceu grandemente não se devem sentir livres de perigo e negligenciar a vigilância e a oração. E isso tem feito esta história àqueles que humildemente têm procurado aprender a lição que Deus tencionava dar. De geração em geração, milhares têm sido levados a compenetrar-se do perigo que correm em virtude do poder do tentador. A queda de Davi, que foi tão grandemente honrado pelo Senhor, despertou neles desconfiança do próprio eu. Sentiram que apenas Deus os poderia guardar pelo Seu poder, mediante a fé. Sabendo que nEle estavam sua força e segurança, recearam dar o primeiro passo no terreno de Satanás” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 723, 724).

Mãos à Bíblia

Os nomes eram muito importantes no mundo bíblico. Curiosamente, o nome de Urias é hebraico e pode ser traduzido como “minha luz é o Senhor” ou “chama do Senhor”. Apesar de provavelmente ter sido um heteu de nascença, por escolha própria, ele pertencia ao Deus de Israel. A origem étnica de Urias destaca o fato de que Deus não leva em conta os aspectos exteriores, mas conhece o coração. Frequentemente, a mudança de circunstâncias da vida ou de convicções era indicada pela uma mudança do nome.

5. Note os novos nomes dos personagens bíblicos nas passagens a seguir e assinale a razão dada para essa mudança.Gn 17:5;  Gn 32:27, 28Dn 1:7


Amy Browne | Kent, Inglaterra



Quinta, 4 de novembro
Aplicação

Arrastado pela corrente


O sucesso e o fracasso na vida não acontecem por acidente. “Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz, assim a maldição sem motivo justo não pega” (Pv 26:2). Ninguém é arrastado para o Céu; mas é fatalmente fácil ser arrastado para fora dele.

Não seria verdade dizer que a maioria de nós, se não todos, num momento ou outro experimentamos perda, prejuízo, dor, ou mesmo desastre, por causa de nossa própria negligência e descuido? E quão verdadeiro é isso com respeito a uma falha moral! Como Davi aprendeu, momentos de descuido podem levar a uma vida toda de arrependimento. Eis aqui algumas formas em que podemos evitar tais momentos:

Estudar a Palavra de Deus. Não é suficiente simplesmente ler a Bíblia, por mais desejável que seja essa prática. Precisamos estudá-la e aplicá-la a nossa própria vida.

Orar. Nossas orações devem consistir em mais do que juntar apressadamente alguns pedidos e agradecimentos. Ao orarmos, devemos considerar cuidadosamente nossas necessidades e a maneira como Deus tem nos abençoado. Devemos também ficar em silêncio a fim de deixar que Deus nos fale. Como os discípulos pediram a Jesus que os ensinasse a orar (Lc 11:1), também devemos aprender a orar. Nenhuma outra bênção na vida é maior que um bom relacionamento com Deus. Como ocorre com nossos amigos, assim ocorre com Deus – a amizade é algo que desenvolvemos ao nos achegarmos a Ele através da oração.

Desejar a salvação. A salvação não acontece por acidente. Deus não nos força a aceitar Sua graça. Somos salvos, em parte, porque queremos ser salvos. Buscamos a salvação, procuramos por ela, porque precisamos dela. Esta é a mais séria questão da vida. Requer séria atenção diária enquanto vivermos.

É fatalmente fácil ter uma perspectiva errada sobre a salvação, vê-la como consistindo apenas de esforços humanos, algo para ser tolerado e não desfrutado.

As recompensas de uma comunhão diária com Deus são incomparáveis. A comunhão com Ele dá vida e a melhora.

Mãos à Bíblia

Davi foi avisado por Bate-Seba de que ela estava grávida (2Sm 11:5). O rei imaginou que se pudesse trazer Urias para casa mesmo que por uma noite, pareceria que seu soldado seria o legítimo pai do bebê. Porém, Urias, sendo homem de princípios, não se deixou manipular. Ele se tornou incômodo. Davi, havia no passado sido íntegro, agora não podia entender a integridade de Urias.

6. Quais eram os motivos de Urias? Que outros exemplos de integridade podemos achar na Bíblia? 2Sm 11:10-13Jó 1:1;Dn 1:8Gn 6:9

A resposta de Urias mostra que ele não era um crente nominal, mas se identificava completamente com o Deus de Israel e seus colegas de tropa.


Michele Vitry | Watford, Inglaterra



Sexta, 5 de novembro
Opinião

Ética situacional


Quando Davi enviou Urias para a linha de frente no campo de batalha, quebrou o sexto mandamento: “Não matarás”. Isso é óbvio. Contudo, e se eu assassinar o caráter de meu amigo com insinuações e boatos? Nunca matei ninguém fisicamente. Não violei a letra do nono mandamento, porque tudo o que eu disse talvez seja verdade. Contudo, assassinei meu amigo da mesma forma.

Adolescentes que praticam o “joy-riding” roubam um carro e o dirigem até a gasolina acabar. Durante o percurso, danificam o carro e outras propriedades. São culpados de roubo. Mas e se você mora numa zona de guerra e sua família está morrendo de fome? Sua única esperança de sobrevivência é roubar um pouco de comida. Será que isso é realmente proibido pelo mandamento “Não furtarás”? A situação muda o princípio?

Você sempre trabalha até tarde mas não recebe horas extras. Você está envolvido num projeto missionário da igreja e fotocopia todo o material de que precisa para ele no escritório, sem pagar. Afinal de contas, seu patrão lhe deve algo por todas as horas extras que você faz. Isso conta como roubo? Ou é uma compensação?

Os absolutos dos Dez Mandamentos são desagradáveis para uma sociedade pós-moderna, que vê o mundo a partir de uma perspectiva individualista e pragmática. A sociedade quer nos fazer crer que não há absolutos. Se Urias tivesse vivido segundo o que parecia certo, em vez de segundo o princípio, poderia ter ido para casa ficar com Bate-Seba e tudo teria dado certo para Davi. Mas ele não o fez. E como resultado, morreu. Sua integridade fica em contraste com a fraqueza de Davi.

Quando Jesus fala no Sermão do Monte sobre a ordem de não matar, Ele estende o assassinato de maneira a incluir a ira (Mt 5:21-26). Palavras iradas, discussões, ressentimentos ou hostilidades não têm lugar na vida de um cristão. Considerando as orientações de Jesus sobre o adultério, Davi já havia saído da linha quando meramente olhou para Bate-Seba com intenção impura (Mt 5:27, 28).

O caráter não é construído nem perdido num momento. O caráter é obra de uma vida.
Mãos à obra

1. Reflita sobre uma ocasião em sua vida em que, como Davi, você tentou encobrir algo que fez. Isso envolveu uma vítima inocente?
2. Imagine como será o encontro de Davi e Urias na Nova Terra. Escreva 100 palavras sobre o que você acha que eles talvez digam um ao outro.
3. Como uma exposição diária prolongada à televisão e atividades no computador prejudica a experiência cristã?


Audrey Andersson | Lindesberg, Suécia