BLOG ID CRISTÃ

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domingo, 5 de setembro de 2010

Nossa Atitude Quanto à Política – EGW


Aos Mestres e Diretores de Nossas Escolas:

Aqueles a cujo cargo se acham nossas instituições e escolas, devem-se acautelar diligentemente, não seja que, por suas palavras e sentimentos, levem os alunos por caminhos falsos. Os que ensinam a Bíblia em nossas igrejas e escolas, não se acham na liberdade de se unir aos que manifestam seus preconceitos a favor ou contra homens e medidas políticos, pois assim fazendo, incitam o espírito dos outros, levando cada um a defender suas idéias favoritas. Existem, entre os que professam crer na verdade presente, alguns que serão assim incitados a exprimir seus sentimentos e suas preferências políticas, de maneira que se introduzirá na igreja a divisão.
O Senhor quer que Seu povo enterre as questões políticas. Sobre esses assuntos, o silêncio é eloqüência. Cristo convida Seus seguidores a chegarem à unidade nos puros princípios evangélicos que são positivamente revelados na Palavra de Deus. Não podemos, com segurança, votar por partidos políticos; pois não sabemos em quem votamos. Não podemos, com segurança, tomar parte em nenhum plano político. Não podemos trabalhar para agradar a homens que irão empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa, e pôr em execução medidas opressivas para levar ou compelir seus semelhantes a observar o domingo como sábado. O primeiro dia da semana não é um dia para ser reverenciado. É um sábado falso, e os membros da família do Senhor não podem ter parte com os homens que o exaltam, e violam a lei de Deus, pisando Seu sábado. O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens em cargos oficiais; pois assim fazendo, são participantes nos pecados que eles cometem enquanto investidos desses cargos.
Não devemos transigir com os princípios, para ceder às opiniões e preconceitos que talvez animássemos antes de nos unir com o povo observador dos mandamentos de Deus. Temo-nos alistado no exército do Senhor, e não nos cabe combater do lado do inimigo, mas do lado de Cristo, onde podemos ser um todo unido, em sentimento, ação, espírito e comunhão. Os que são genuinamente cristãos são ramos da Videira verdadeira, e darão o mesmo fruto que ela. Agirão em harmonia, em comunhão cristã. Não usarão distintivos políticos, mas os de Cristo.
Que devemos então fazer? – Deixai os assuntos políticos em paz. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?” II Cor. 6:14 e 15. Que pode haver de comum entre esses partidos? Não pode haver sociedade, nem comunhão.
A palavra “sociedade” importa em participação, parceria. Deus emprega as mais vigorosas imagens para mostrar que não deve haver união entre partidos mundanos e aqueles que estão buscando a justiça de Cristo. Que comunhão pode haver entre a luz e as trevas, a verdade e a injustiça? – Nenhuma, absolutamente. A luz representa a justiça; as trevas, a injustiça. Os cristãos saíram das trevas para a luz.
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Eles se revestiram de Cristo, e usam a divisa da verdade e obediência. São regidos pelos princípios elevados e santos que Cristo exemplificou em Sua vida. …
Os mestres, na igreja ou na escola, que se distinguem por seu zelo na política, devem ser destituídos sem demora de seu trabalho e suas responsabilidades; pois o Senhor não cooperará com eles. O dízimo não deve ser empregado para pagar ninguém para discursar sobre questões políticas. Todo mestre, pastor ou dirigente em nossas fileiras, que é agitado pelo desejo de ventilar suas opiniões sobre questões políticas, deve-se converter pela crença na verdade, ou renunciar à sua obra. Sua influência deve ser a de um coobreiro de Deus no conquistar almas para Cristo, ou devem ser-lhe cassadas as credenciais. Se ele não muda, há de ser nocivo, apenas nocivo. …

“Apartai-vos”

Rogo aos meus irmãos designados para educar, que mudem sua maneira de agir. É um engano de vossa parte o ligar vossos interesses com qualquer partido político, dar o vosso voto com eles ou por eles. Os que ocupam o lugar de educadores, de pastores, de colaboradores de Deus em qualquer sentido, não têm batalhas a travar no mundo político. Sua cidadania se acha nos Céus. Deus pede-lhes que permaneça como um povo separado e peculiar. Ele não quer que haja cismas no corpo de crentes. Seu povo tem de possuir os elementos de reconciliação.
É porventura sua obra fazer inimigos no mundo político? – Não, não. Eles têm de permanecer como súditos do reino de Cristo, levando a bandeira em que se acha inscrito: “Os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apoc. 14:12. Têm de ter a responsabilidade de uma obra especial, de uma especial mensagem. Temos uma responsabilidade individual, e isso tem de ser revelado em presença do universo celeste, dos anjos e dos homens. Deus não nos pede que ampliemos nossa influência misturando-nos com a sociedade, ligando-nos com os homens em questões políticas, mas ficando como partes individuais de Seu grande todo, tendo Cristo como nossa cabeça. Cristo é nosso Príncipe, e, como súditos Seus, cumpre-nos realizar a obra que nos foi designada por Deus. …
Talvez se pergunte: Não devemos ter ligação alguma com o mundo? A palavra do Senhor tem de ser nosso guia. Qualquer ligação com os infiéis e incrédulos, que nos viesse identificar com eles, é proibida pela Palavra. Temos de sair do meio deles, e ser separados. Em caso algum devemos unir-nos a eles em seus planos de trabalho. Mas não devemos viver isoladamente. Cumpre-nos fazer aos mundanos todo o bem que nos seja possível.
Cristo nos deu um exemplo disto. Quando convidado a comer com publicanos e pecadores, não Se recusava; pois de nenhum outro modo, senão misturando-Se com eles, poderia chegar a essa classe. Mas, em toda ocasião… puxava temas de conversação que lhes apresentavam ao espírito os interesses eternos. E Ele nos ordena: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos Céus.” Mat. 5:16.
Quanto à questão da temperança, assumi, sem vacilação, vossa atitude. Sede firmes como a rocha. Não participeis dos pecados dos outros. …
Há uma grande vinha a ser cultivada; mas, conquanto os cristãos tenham de trabalhar entre os incrédulos, não se devem parecer com os mundanos. Não devem gastar seu tempo a falar de política e agir em favor dela; pois assim fazendo, dão oportunidade ao inimigo de penetrar e causar desinteligências e discórdias. Aqueles, dentre os pastores, que desejam ser políticos, devem perder suas credenciais; pois essa obra Deus não deu a elevados nem a humildes dentre Seu povo.
Deus pede a todos quantos atuam em palavra e doutrina, que dêem à trombeta um sonido certo. Todos quantos receberam a Cristo, pastores e membros leigos, devem levantar-se e resplandecer; pois grandes perigos se acham iminentes sobre nós. Satanás está agitando os poderes da Terra. Tudo neste mundo se acha em confusão. Deus pede a Seu povo que mantenha acima de tudo a bandeira que apresenta a mensagem do terceiro anjo. …
Os filhos de Deus têm de se separar da política, de toda associação com os incrédulos. Não devem ligar seus interesses aos do mundo. “Provai vossa aliança comigo”, diz Ele, “permanecendo como Minha herança escolhida, como um povo zeloso de boas obras.” Não tomeis parte em lutas políticas. Separai-vos do mundo, refreai-vos quanto a introduzir na igreja ou escola idéias que hão de levar a contendas e perturbações. As dissensões são o veneno moral introduzido no organismo pelos seres humanos egoístas. Deus quer que Seus servos tenham clara percepção, verdadeira e nobre dignidade, para que sua influência manifeste o poder da verdade.
A vida cristã não deve ser vivida a esmo ou depender de emoções. A verdadeira influência cristã, exercida para a realização da obra designada por Deus, é um precioso instrumento, e não se deve unir com política, ou ligar em associação com incrédulos. Deus tem de ser o centro de atração. Toda mente em que o Espírito Santo opera, satisfar-se-á com Ele.
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“Nenhum de nós vive para si.” Rom. 14:7. Lembrem os que são tentados a tomar parte na política, que todo passo que eles dão tem sua influência sobre outros. Quando pastores, ou outros que ocupem posição de responsabilidade, fazem observações a respeito desses assuntos, não podem recolher os pensamentos que plantaram em outros espíritos. Sob as tentações de Satanás, puseram em operação uma corrente de circunstâncias conducentes a resultados que eles mal sonham. Um ato, uma palavra, um pensamento atirado à mente do grande ajuntamento humano, caso leve a sanção celestial, dará uma colheita de preciosos frutos; mas, se é inspirado por Satanás, fará brotar a raiz de amargura com que muitos serão contaminados. Portanto, os mordomos da graça de Deus, em todo ramo de serviço, estejam alerta quanto a não misturar o comum com o sagrado.
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Por mais de uma vez Cristo foi solicitado a decidir questões políticas e jurídicas; mas recusava-Se a interferir em assuntos temporais. … Ele ocupava no mundo o lugar de Cabeça do grande reino espiritual para cujo estabelecimento aqui viera – o reino da justiça. Seus ensinos tornaram claros os princípios enobrecedores, santificadores que regem Seu reino. Mostrou que a justiça, misericórdia e amor são as forças dominantes no reino de Jeová. Testimonies, vol. 9, pág. 218.
TESTEMUNHOS PARA MINISTROS E OBREIROS EVANGÉLICOS 47
OBS: Essa comunicação, dirigida à assembléia da Associação Geral de 1897 e escrita em dezembro de 1896, referia-se às propostas da campanha presidencial de William Jennings Bryan, o qual estava agitando certas medidas monetárias que ele e seus partidários julgavam ser muito promissoras. Alguns adventistas do sétimo diaenvolveram-se nessas questões. Nos seus conselhos, a Sra. White salientou reiteradas vezes que nossa obra era proclamar a terceira mensagem angélica e que os adventistas do sétimo dia, como povo separado e peculiar, não deviam envolver-se em questões políticas.

Advertência Contra Envolvimentos Políticos

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26 de dezembro de 1896
À Associação Geral de 1897:
Tenho palavras a dizer aos nossos irmãos que se reunirão em assembléia em 1897. A presente controvérsia financeira tem-me sido apresentada como sendo uma das obras-primas de Satanás para estes últimos dias. Há um poder que vem de baixo, que é segundo a atuação do grande inimigo. Supus que nosso próprio povo subiria mansamente e se moveria com muita cautela e se conservaria afastado dessas novas questões com relação à moeda circulante. Isto não é de origem divina – a mudança da moeda circulante. Em que resultará isso? – Ocasionará um estado de coisas que trará opressão ao pobre e causará grande angústia. Este é um dos planos do diabo, e pensei que os que criam na verdade não seriam enganados no mínimo em tal questão. Mas no ano de 1896 foram-me apresentadas questões que me tem feito tremer por nosso povo. Tenho estado em lugares em que ouvi conversas dos que estavam em posição de confiança em nossas instituições, e havia grande calor na controvérsia quanto às diferentes posições assumidas. A luz que me foi dada era: Este é o plano que Satanás arranjou para trazer infelicidade.
Queremos nós saber a melhor maneira de podermos agradar ao Salvador? Não é empenhando-nos em polêmicas políticas, seja no púlpito ou fora dele. É considerando com temor e tremor toda a palavra que proferimos. No lugar em que o povo se reúne para adorar a Deus não seja pronunciada nenhuma palavra que desvie a mente do grande interesse central – Jesus Cristo, e Este crucificado. Deve a mensagem do terceiro anjo ser o peso de nossa advertência. Com as questões colaterais, não nos devemos intrometer. O peso da obra é: Pregar a Palavra. Há os que têm tido experiência em pregar e trabalhar pela salvação das almas por quem Cristo deu Sua preciosa vida. Essa obra é o empreendimento especial que deve absorver todo aquele que alimenta o rebanho de Deus. Agora é um tempo em que se ouvirão vozes: Ouvi. “Este é o caminho; andai nele.” Isa. 30:21. Mas o Senhor Jesus diz: “Segue-Me. Aqueles que Me seguem não andarão em trevas.” Nosso trabalho pessoal deve ser a salvação de almas, do qual coisa alguma deve ser tão importante que nos desvie a mente. Cristo veio ao nosso mundo para salvar almas, para difundir a luz entre as trevas morais. Ouve-se uma voz viva: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.” João 14:6.

Deixar a Política de Lado

Surpreendi-me ao ver homens que pretendem crer na verdade para este tempo, todos entusiasmados com algumas questões – questões que se relacionavam com o Senhor Jesus e os interesses eternos? Não; mas pareciam estar maravilhosamente empolgados quanto ao dinheiro. Alguns pastores se distinguiam por entremear estes assuntos em seus discursos. Estavam entusiasticamente se envolvendo, tomando partidos quanto as estas questões, sobre as quais os Senhor não lhes deu a responsabilidade de nelas se empenhar. Pareciam estas pessoas ter uma grande soma de presunção. Mas eles mesmos não sabiam realmente o que estavam advogando. Não sabiam se estavam defendendo princípios que se originavam nos conselhos do Céu, ou nos conselhos de Satanás.
A voz de Alguém que tinha autoridade falou com grande decisão: Vós não sabeis de que espécie de espírito sois. Lede as orientações dadas pelo Filho Unigênito de Deus quando estava encoberto na coluna de nuvens. Quando essa voz for obedecida, não usareis vossa voz ou influência em qualquer política para enriquecer a alguns, para trazer opressão e sofrimento à classe mais pobre da humanidade. Há nessa agitação justamente o que separa os que são da mesma fé. Traz isso as credenciais divinas? Acautelai-vos. Cuidai de que vosso braço não esteja ligado ao de um demônio pessoal. Tem ele a aparência de um homem. Anda ao redor bramando como leão, buscando a quem possa devorar, e os acha entre os adventistas do sétimo dia. Pode ele aterrorizar pelo seu rugido; mas, quando melhor convém aos seus propósitos, tem a doce voz de um anjo de luz, e fala de coisas celestiais. Não sabia ele tudo acerca da glória celeste?
Indaguei porque os que podiam ler a Bíblia e ver os perigos destes últimos dias eram tão prontos a apanhar com precipitação questões que melhor seria tivessem deixado de parte. Como podem eles ligar-se a homens que promovem princípios que se originaram nos concílios de demônios? Por que não vêem eles não ser esta a obra que o Senhor lhes ordena fazer? Veio a resposta: Porque seu coração se entregou à vaidade. Estão enganados. Não sabem quão fracos são. Muitos há que serão iludidos, e que, tanto pela pena como pela voz, exercerão toda a sua influência para criar um mau estado de coisas (estado de coisas que existirá justamente da mesma forma seja o que for que possam fazer); mas não deviam eles estar unidos aos obreiros do mal. Todos os que almejam alguma ocupação que represente Jeú correndo furiosamente, terão suficiente oportunidade para se distinguir. Seu braço estará ligado com o daquele que uma vez foi um anjo exaltado, e que não esqueceu suas maneiras nas cortes celestiais. Essas maneiras assumirá ele; e ao representar pessoas, engodará muitos cuja vida não está oculta com Cristo em Deus.

Conselhos Sobre Votar

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Nossa obra é vigiar, esperar e orar. Examinai as Escrituras. Cristo vos advertiu a não vos misturardes com o mundo. Devemos sair dentre eles e separar-nos “e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso”. II Cor. 6:17 e 18. Sejam quais forem as opiniões que tenhais em relação a dar o vosso voto em questões políticas, não as deveis proclamar pela pena ou pela voz. Nosso povo deve silenciar acerca de questões que não têm relação com a terceira mensagem angélica. Se já um povo se deveu aproximar de Deus, esse é o povo Adventista do Sétimo Dia. Têm sido feitos admiráveis projetos e planos. Tem-se apoderado de homens e mulheres um ardente desejo de proclamar alguma coisa, ou ligar-se com alguma coisa; eles não sabem o quê. O silêncio de Cristo sobre muitos assuntos, porém, era verdadeira eloqüência. …
Irmãos, não vos lembrais de que a nenhum de vós foi imposta pelo Senhor qualquer responsabilidade de publicar suas preferências políticas em nossas publicações, ou de sobre elas falar na congregação, quando o povo se reúne para ouvir a Palavra do Senhor. …
Não devemos, como um povo, envolver-nos em questões políticas. Todos fariam bem em dar ouvidos à Palavra de Deus: Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos em luta política, nem vos vinculeis a eles em suas ligações. Não há terreno seguro em que possam estar e trabalhar juntos. O fiel e o infiel não têm terreno neutro em que possam encontrar-se.
Aquele que transgride um dos preceitos dos mandamentos de Deus é transgressor de toda a lei. Mantende secreto o vosso voto. Não acheis ser vosso dever insistir com todo o mundo para fazer como fazeis. Carta 4, 1898.

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